As Nações Unidas não tem moral para julgar a Coreia do Norte e nenhum outro país


Quando Muamar Kadafi ocupou a tribuna das Nações Unidas em 23 de setembro de 2009 ele desmascarou a organização diante do mundo. Ele acusou a ONU por ter fracassado em intervir ou evitar 65 guerras que ocorreram ao redor do mundo desde que a organização foi fundada, em 1945. "Sessenta e cinco guerras aconteceram sem qualquer ação coletiva da ONU para evitá-las." Kadafi falou sobre a injustiça das sanções aplicadas pela entidade e pelos conluios para legitimar guerras e defender os interesses criminosos dos países que possuem assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas: Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China. Com exceção do último país citado, todos os membros estiveram entre os vencedores da Segunda Guerra Mundial, conflito que precedeu a criação da própria ONU em 1945.

Nas últimas decadas, sempre que o governo dos EUA desejam invadir ou intervir em algum país, utilizam a ONU como cúmplice, aplicando sanções econômicas que antecedem a ação militar. Isto vem acontecendo com a Coreia do Norte sistematicamente. A ONU tentou manter a Coreia do Norte desarmada e refém dos interesses criminosos dos EUA, que promove anualmente exercícios de intimidação do país, chegando a sobrevoar as fronteiras das coreias com aeronaves portando armas nucleares, praticando chantagem atômica.

Sanções econômicas foram aplicadas contra a Líbia, Iraque, Afeganistão, Síria, e todos os países que ficaram na mira dos militares norte-americanos, e com a Coreia do Norte não foi diferente.
Além das sanções das Nações Unidas, o imperialismo norte-americano usa e abusa da imprensa ocidental, publicando e disseminando “notícias” para criminalizar seus inimigos e vítimas de seus ataques militares.

Em resumo, como bem definiu Muamar Kadafi, a ONU não passa de um instrumento de dominação mundial dos países que possuem acento no Conselho de Segurança.

Diante dessa constatação, Kadafi rasgou a Carta das Nações Unidas e propôs a criação de um novo órgão onde a maioria dos países teriam acento e participação efetiva para impedir guerras de dominação das potências imperialistas. O resultado foi o assassinato de Kadafi pelos governos dos EUA, França e Reino Unido na guerra de ocupação da Líbia em fevereiro de 2011.

A República Popular e Democrática da Coreia não se submete às sanções das Nações Unidas e muito menos às ameaças do governo norte-americano e seus cúmplices – Coreia do Sul e Japão.

As sanções aplicadas pelas Nações Unidas contra a Coreia do Norte são responsáveis, em grande parte, pelo acirramento das tensões que podem desembocar em uma guerra nuclear nos próximos dias. A utilização da ONU como cúmplice de guerras e assassinatos por parte dos EUA é uma história vergonhosa que inutiliza e ridiculariza a instituição.

Comitê Brasileiro de Solidariedade à RPd Coreia
Curitiba - Brasil

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