Satélite da RPD Coreia não é controlado a partir da Terra



O satélite norte-coreano lançado na quarta-feira passada, ao que parece, não é controlado a partir da Terra, informou o comando das Forças Armadas dos EUA.
Os serviços americanos não conseguiram detectar qualquer troca de informação entre o satélite e a Terra. Para tentar desmerecer o sucesso do lançamento coreano, o representante do comando evitou até designar o aparelho por "satélite", preferindo a palavra "objeto". Os militares norte-americanos são mestres em fazer papel ridículo quando derrotados.
Por enquanto, os militares norte-americanos tentam descobrir qual seria tecnologia utilizada pela República Popular e Democrática da Coreia para comandar o satélite Kwangmyŏngsŏng-3, lançado como parte das homenagens ao centenário do líder e fundador da RPD Coreia, Kim Il Sung. Os norte-americanos temem que essa nova tecnologia não detectada pela Nasa, desconhecida para os ocidentais, possa alimentar futuros armamentos, capazes de por fim às ameaças atômicas que os EUA e o Japão fazem à RPD Coreia há décadas.

RPD Coreia irrompe no clube espacial

O lançamento do foguete norte-coreano Unha-3, efetuado a 12 de dezembro, se tornou a notícia número um. Para o segundo plano passou até a informação de os EUA terem enviado pela terceira vez o veículo não tripulado experimental X-37B (no âmbito da missão OTV-3, sigla inglesa, o que significa Orbital Test Vehicle, ou seja, engenho orbital experimental).

O dirigente Kim Jong Un recebeu milhares de manifestações de apreço de movimentos revolucionários e democráticos de diversos países, parabenizando o país socialista por esta grande vitória tecnológica.
Não se sabe nada sobre o objetivo do voo nem de sua duração.
Deixado de lado motivações políticas e econômicas, constate-se que o lançamento de um satélite assinala um grande sucesso para qualquer país. No entanto, o satélite Kwangmyŏngsŏng-3, lançado em 12 de dezembro, já se tornou o terceiro da série, segundo informam as autoridades da RPD Coreia. Os primeiros dois foram enviados para o espaço em agosto de 2008 e abril de 2009. Mas como então os satélites não foram descobertos em órbita, o evento não despertou elevado interesse. Desta feita, o comando das tropas espaciais dos EUA (NORAD) confirmou o fato de lançamento. A altura da órbita em que se encontra o engenho constitui 500-580 km e o período de rotação - 95,5 minutos.
A missão do Kwangmyŏngsŏng-3 é desempenhar as funções de satélite responsável pela sondagem da Terra à distância, para monitorar o tempo para estações climáticas, aperfeiçoar telecomunicações etc.
A reação do governo Obama ao evento tem variado desde a condenação rígida da RPD Coreia pela violência da Resolução do CS da ONU até as avaliações mais ponderadas e menos negativas. Segundo estas últimas, o lançamento significa que o país é um dos mais evoluídos do mundo em tecnologia espacial, e que não aceita o papel de coadjuvante na corrida espacial em vigor.
Existe mais um aspeto psicológico. Há 50 anos, o primeiro satélite artificial da Terra não foi lançado pelo país indicado - os EUA. Foi a URSS que o fez, sendo na altura, no parecer de muitos, um país considerado pela mídia ocidental como atrasado em termos econômicos e tecnológicos. Alguma coisa semelhante está acontecendo agora na Península da Coreia. Apesar da propaganda negativa ocidental, a RPD Coreia dá passos importantes rumo ao domínio das tecnologias espaciais e nucleares, algo até então um privilégio exclusivo das grandes potências.
O lançamento pode ser equiparado à implementação de um programa espacial de longo prazo. O MRE da Coreia do Norte anunciou a intenção de prosseguir o programa de utilização pacífica do espaço cósmico, prevendo novas missões do gênero.

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