Rússia, China e Coreia do Norte farão exercícios militares conjuntos

A resposta à crescente ameaça norte-americana na península coreana está sendo dada de maneira inequívoca: Rússia, China e Coreia do Norte farão exercícios militares conjuntos. ------ Segundo o jornal O Tempo, o governo de Vladimir Putin afirmou nesta segunda (4) estar estudando exercícios militares inéditos com a Coreia do Norte, governo aliada do Kremlin e da China, que poderá participar das manobras que farão frente à crescente assertividade bélica dos Estados Unidos na região. A afirmação foi feita pelo ministro Serguei Choigu (Defesa) à agência estatal Tass. Ressaltando que falava em caráter pessoal, o embaixador russo em Pyongyang, Alexander Matsegora, afirmou que "a necessidade de alguma resposta conjunta parece apropriada", à luz dos "constantes exercícios provocativos conduzidos pelos EUA e seus aliados" Coreia do Sul e Japão. Nos últimos meses, a cooperação militar entre Moscou e Pyongyang aprofundou-se, gerando críticas dos EUA. Para a Casa Branca, a visita que Choigu fez ao país de Kim Jong-un para celebrar os 70 anos do armistício da guerra imperialista norte-americana que dividiu a península coreana prova que os norte-coreanos estão prontos para colaborar com a Rússia na operação especial na Ucrânia Pyongyang tem amplos estoques e capacidade produtiva de munição para artilharia, mísseis e drones interessantes para as operações russas, com a vantagem da comunalidade dos padrões bélicos empregados pelos dois países: a Coreia do Norte usa material de origem soviética e chinesa. A aproximação entre os países ocorre em meio ao momento de maior tensão na península nos últimos anos. Após a República Popular e Democrática da Coreia acelerar seus testes com mísseis balísticos, assustando particularmente o Japão, o governo de Joe Biden respondeu de forma diferente da usual: em vez de abrir negociações, escalou o enfrentamento militar.

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